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Ao Correr do Tempo, de Luiz Carvalho, é o livro que marca a estreia de Amieira. Irá ser publicado no início do mês de Outubro.

 

Luiz Carvalho nasceu em Lisboa a 13 de Setembro de 1954. Estudou no Liceu Padre António Vieira,
cursou Arquitectura, que concluíu em 1979, chegando a exercer durante 10 anos e fixou-se
na fotografia. Publicou as suas primeiras fotografias em 1972 no semanário “Observador”.
Fotojornalista desde o final dos anos 70, fotografou para “O Primeiro de Janeiro”, “Tal & Qual”
e “Grande Reportagem”, e durante cerca de duas décadas trabalhou no “Expresso”, onde também
foi editor multimédia e editor de fotografia.


Tem trabalhos seus na Biblioteca Nacional de Paris e foi convidado a expôr no “Mois de La Photo”
de Paris, em 1982. Integrou a exposição “Fotografia Europeia Contemporânea”, organizada pela
Galeria Canon, de Amesterdão - a exposição circulou por várias cidades norte-americanas em
1983. Em 1985 editou na “Perspectivas & Realidades” o livro “Portugueses”. Em 2001 expôs
e publicou “Lisboa & Lisboetas” no Arquivo Fotográfico Municipal e “Imagens da Vida Real”
no Centro Cultural de Cascais.

 

Foi premiado em 1991 com o Prémio Gazeta de Jornalismo e em 2005 com um prémio Visão.
Está representado com fotografias no Centro Português de Fotografia e na Fundação Saragga
Leal. Foi correspondente da agência SIPA PRESS em Lisboa nos anos oitenta e colaborou como
stringer na Associated Press.


Desde 2009, iniciou uma actividade centrada na sua empresa Lightshot, continuando a fazer
trabalhos de fotojornalismo, mas leccionando também nos cursos que promove regularmente;
paralelamente, produz e realiza programas de televisão, com destaque para o “TVI24 - Fotografia
Total”, que tem exibição semanal.


Contactos:
Lightshotphoto@gmail.com
Facebook/luizcarvalho.com

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Esta colecção pretende ser um ponto de encontro entre quem faz fotografia e quem gosta de a ver. Ao longo dos anos, a imprensa vulgarizou a imagem fotográfica e, nos anos mais recentes, o digital tornou-a acessível, como nunca antes havia sido. A maior parte dos telemóveis tem hoje a capacidade de registar imagens e, na internet, a partilha defotografias tornou-se fácil e é actualmente um dos maiores motivos de aproximação entre pessoas.


Mesmo que, nos tempos que correm, a fotografia impressa em papel esteja em desuso, poucos suportes a conseguem mostrar melhor. Uma imagem impressa ganha um estatuto de perenidade difícil de obter, por enquanto, de outra forma.


Não deixa de ser paradoxal que, nestas circunstâncias, a imprensa tenha vindo a desinvestir na fotografia. Raros são os jornais ou as revistas onde, agora, se pode publicar uma grande reportagem ou um ensaio fotográfico.


Há cerca de 35 anos, comecei a trabalhar nos jornais e comunicação precisamente como repórter fotográfico e, ao longo do tempo, a edição fotográfica em imprensa foi sempre um dos meus focos de interesse. Esta colecção é,assim, o regresso a uma das minhas paixões.


Amieira nasce com o objectivo de perpetuar colecções de fotografias, com critério mas sem barreiras. Ao longo do tempo, conto publicar autores de formações e experiências diversas, livros que podem ser constituídos por inéditos, mas também por testemunhos de uma vida, como deliberadamente é este de Luiz Carvalho, que escolhi para inaugurar a colecção.


O objectivo de Amieira é publicar entre quatro a seis livros por ano e criar uma colecção que mostre os diversos caminhos da imagem fotográfica. O fotojornalismo, a fotografia documental, o ensaio fotográfico, a moda e a publicidade, normalmente subalternizados em Portugal na edição em livro, terão aqui o acolhimento que merecem.


Uma nota final: Amieira é o nome de uma aldeia, no Alto Alentejo, de onde é originária a minha família, e em cujas ruas e campos comecei a fotografar. Muito do que sou - até a paixão que tenho pela fotografia - devo-o a esta terra, onde os meus antepassados estão desde o início do século XVII.  Esta é a razão do nome da colecção: Amieira.


Manuel Falcão

Setembro de 2013


 


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